A primeira impressão que tive ao chegar no aeroporto foi de
que a qualquer momento uma bolota de feno passaria rolando diante de mim devido
a tamanha ausência de vida, movimento, barulho... do aeroporto Afonso Pena, um
tremendo deserto comparado a Congonhas do qual eu havia acabado de sair.
Após a consciência aceitar essa realidade local, minha
primeira atitude foi procurar uma tomada, pois minha principal ferramenta de
sobrevivência para os próximos quatro dias necessitava de carga para iniciar
seu trabalho.
Depois de 40 minutos de espera e apenas poucos por cento de
carga na bateria do celular, a fome me fez decidir que era hora de sair logo
daquele aeroporto, mas quem me tiraria dali seria o tradicional Uber. Acontece
que haviam vários taxistas na saída me abordando e oferendo corrida, então tive
que despistá-los e procurar lugar seguro para fazer o chamado, só que, o
deserto de fora era mais assustador que o de dentro, eu andava contornando um
estacionamento sem fim e não via pessoas, não encontrava lugares aparentemente
seguros e o celular não tinha sinal, no fim, acabei no ponto de partida, só que
no andar de baixo.
Até hoje não sei se era portão A ou B, mas sei que seja qual
for, eu estava errado, pois o Uber não me encontrava porque me procurava no
andar de cima e como se não bastasse a espera, tive que receber uma ligação do
motorista que levou boa parte dos créditos!
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