Eu não havia feito muitas pesquisas sobre as atividades que
faria em Curitiba, apenas vi o que tinha e fui. Quando descobri que existia um
passeio de trem, nem quis saber o que era Morretes, era um passeio de trem,
oras, pra quem só conhece os trens da CPTM esse passeio soou encantador e não
pensei duas vezes, fechei. Até então, pra mim, Morretes era só mais uma cidade
turística comum como Curitiba. Santo engano.
Quando ceguei em Morretes tive uma má impressão muito forte
com aquele lugar de aspecto abandonado, esquecido, parado no tempo, com a
estação caindo aos pedaços e moradias quase em ruinas na beira dos trilhos. Não
conseguia imaginar o que teria para se fazer ali, mas aos poucos, fui lembrando
de Sertãozinho, cidade de Minas Gerais onde tenho parentes e gosto muito de ir,
pura roça onde acordamos com esterco de vaca na porta de entrada da casa. Fazia
um paralelo entre as duas cidades e fui percebendo que em muito se assemelhavam
em questão de simplicidade. Gosto muito dessas coisas simples e de aspecto
rustico, vida sem frescura, simpática e tranquila como Sertãozinho, e, se eu
gosto de lá, por que não gostar de Morretes?
Aos poucos fui aceitando e saindo do choque inicial, fui me
adentrando pelas ruas de Morretes e me simpatizando cada vez mais com aquele
clima que a cidade me proporcionava e com o que encontrava em cada esquina.
Pena que eu estava com fome e tive que procurar por comida, com isso não tive
muito tempo de apreciar mais como gostaria, mas, se surgir uma nova
oportunidade volto FÁCIL pra lá, mato a saudade e aproveito o que me for
novidade.
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