Eu realmente não levanto a mão e não faço perguntas a
palestrantes, sempre acho que a pergunta que vou fazer é ridícula e que ninguém
mais tem interesse em saber o que eu quero saber, mas nesta ocasião, o assunto
me deixou curioso e o fato de já conhecer o Marcatti me deixou um pouco mais a
vontade para arriscar, além do fato da palestra ter poucos espectadores, claro.
Sempre converso com o Marcatti quando nos encontramos em
eventos, mas nunca havia conversado com ele sobre o assunto em questão, aí,
estava eu naquele “vou não vou” até que ele abre a conversa pra uma última
pergunta, sendo assim, minha última oportunidade também. Na plateia um olhava
para o outro, silencio, o rapaz do microfone procurava por algum interessado e
no palco o Marcatti perguntava: ninguém? Posso encerrar? Foi então que me
lembrei o que essa viagem significava para mim e seguro decidi levantar a mão,
mas eu não contava com a brincadeira e esse simples comentário me
desestabilizou e reativou a timidez que me fez gaguejar sem saber se fazia a
pergunta ou se dizia algo sobre o comentário. Mas depois de tanta coragem pra
chegar até ali eu não podia me permitir fraquejar agora. Engoli qualquer coisa
que a boca tentava pronunciar antes que tudo estivesse perdido e me foquei na
pergunta: de todo esse seu processo, qual etapa você tem mais e menos prazer em
executar?
Se interessou a mais alguém eu não sei, mas sai me sentindo
vitorioso!
CHUPA, TIMIDEZ!
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